Ação social: sites que mobilizam mais que cliques
O ano de 2010 deu seus primeiros passos em meio a tropeços involuntários em diversos lugares do mundo. Do Haiti a São Luiz do Paraitinga, as conseqüências das catástrofes naturais despertaram a atenção da população para ações sociais. Atualmente, prestar ajuda em situações de crise ficou mais fácil. O acesso à internet permite apoio às causas mais distantes. Com alguns cliques um internauta brasileiro pode levantar uma bandeira de apoio ao Iraque ou enviar ajuda financeira à instituições da África. No entanto, é difícil saber se a mobilização inerte realizada atrás de um monitor é suficiente ou eficaz. As estudantes de jornalismo Juliana Periscinotto e Maíra Roman acreditam que a web pode ser um bom recurso não só para doações como também para divulgar detalhes omissos de situações trágicas. Para mostrar informações que acreditavam não terem sido apresentadas pela mídia, elas criaram um blog de apoio às vítimas de São Luíz do Paraitinga, o SOS São Luiz. “A Maíra estava em São Luiz e me contou as coisas que estavam acontecendo. Eu vi que a TV estava mostrando muito pouco do que realmente aconteceu, aí montamos o blog e comecei com a campanha de doações no Twitter.”, explica Juliana. A dupla também revela que o envolvimento teve certo caráter pessoal, já que muitos familiares da Maíra residem na cidade e sofreram grandes prejuízos. As estudantes dispensaram hashtags ou selos em avatar no microblog. A internet foi apenas a ferramenta encontrada para divulgação de uma prática real. Tal posicionamento também é defendido por Marcelo Vitorino, co-fundador do INBlogs e do site Doe mais que um clique .“Só o debate não é o suficiente, a mobilização digital só é efetiva quando ela é produto de uma mobilização nascida no offline”, comenta Vitorino.